Títulos do Tesouro Direto: como escolher o melhor

Títulos do Tesouro Direto: como escolher o melhor

O Tesouro Direto tem se apresentado, atualmente, como uma das modalidades mais interessantes de investimento, principalmente para aqueles que visam a diversificar sua carteira de ativos e buscar outras opções de investimento.

Outra possibilidade interessante do Tesouro Direto é o fato da modalidade permitir que o próprio investidor administre seu dinheiro, pagando menos de taxa de administração, o que acaba deixando esta modalidade ainda mais atraente.

Mas será que você sabe como investir em Tesouro Direto? Neste artigo, você verá quais os tipos de títulos de Tesouro Direto e poderá escolher a que melhor se adapta a sua realidade.

O que são títulos do Tesouro Direto?

A compra de títulos do Tesouro Direto pode ser entendida, de forma básica, como uma operação de empréstimo ao governo. Nesta operação, o investidor adquire títulos da dívida pública e, posteriormente, irá receber o valor que foi adquirido mais juros e taxas de rentabilidade pelo empréstimo que fez aos entes públicos.

A utilização destes recursos por parte do governo ocorre em diferentes frentes e estes são utilizados para o financiamento da máquina pública. Apesar de poder administrar de forma autônoma os títulos de Tesouro Direto adquiridos, ou seja, de não precisar de um administrador, o investidor precisará utilizar os serviços de uma corretora.

Qual o rendimento apresentado pelo Tesouro Direto?

Em comparação com outros investimentos como a Poupança ou o Certificado de Depósito Bancário (CDB), os rendimentos do Tesouro Direto são muito maiores, o que faz com que esta modalidade seja preferida por muitos investidores. Porém, existem diversos tipos de títulos que devem ser estudados para que você saiba se estão de acordo com o seu perfil.

Títulos prefixados

Uma primeira classificação para o entendimento dos títulos do Tesouro Direito é a que apresenta os títulos pré-fixados. Como o próprio nome indica, o valor do juro é fixado de forma preliminar, o que leva o investidor a saber qual será o valor recebido por ele no final da operação.

De acordo com as informações do próprio Tesouro Direto, para cada unidade de título adquirido, o valor bruto que será recebido no vencimento da operação será de R$1.000,00. A indicação inicial deste tipo de título é para aqueles investidores que apostam que as taxas prefixadas serão maiores do que a Selic, que é a taxa básica de juros da economia e que pode variar de acordo com diversos fatores como economia nacional, política, impactos internacionais entre outros. Os títulos dentro desta modalidade serão vistos a seguir.

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado, antiga Letra do Tesouro Nacional (LTN), são títulos prefixados, ou seja, o investidor já sabe qual o valor total do rendimento para o final do período em que os títulos serão resgatados. O seu fluxo de pagamento é considerado simples, o que significa dizer que, ao resgatar o valor na data de vencimento, o título ele será recebido acrescido da rentabilidade que já foi pré-fixada. Assim, este pagamento do valor ao investidor só ocorre uma vez no final do período da aplicação que foi, anteriormente, definido.

Neste tipo de título uma dica importante é esperar o final do período do resgate para realmente sacar o dinheiro, já que caso seja necessário retirá-lo antes, haverá perda de parte do valor. Assim, não é um título indicado para aqueles que pensam em usar esta aplicação como complementação de renda ou que não tenham certeza se precisarão ou não do dinheiro.

Tesouro Prefixado com juros semestrais

Também pré-fixado, antiga Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), este título se diferencia do Tesouro Prefixado, pois oferece ao investidor pagamentos semestrais referentes aos juros ou cupons, como também são conhecidos.

Este tipo de título é indicado para aqueles que querem fazer complementação de renda, já que irá permitir estes resgates semestrais, outra diferença paro Tesouro Prefixado, que possui pagamento único. Estes recebimentos semestrais podem ser considerados como uma antecipação da rentabilidade que foi contratada na aquisição do título.

É preciso também estar atento ao fato de que os resgates semestrais possuem incidência de Imposto de Renda (IR), que é cobrado de acordo com a tabela progressiva, indo de 22,5% para aqueles títulos que forem resgatados até 180 dias da data de aplicação, passando para 15% para aqueles resgatados 720 dias após a data de aplicação.

Títulos pós-fixados

Os títulos desta modalidade terão seu valor acrescido de uma taxa pré-definida na assinatura do contrato mais um indexador que pode ser a Selic ou a inflação (IPCA). São representadas por três principais tipos de títulos: Tesouro IPCA+ com juros semestrais, Tesouro IPCA+ e Tesouro Selic.

Tesouro IPCA+ com juros semestrais

Este título, antiga Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B),  irá pagar ao investidor os juros mais o IPCA, permitindo, assim, obter uma maior rentabilidade e até mesmo proteção junto aos efeitos da inflação, a exemplo do Tesouro Prefixado com juros semestrais, o Tesouro IPCA+ com juros semestrais também apresenta pagamentos semestrais.

Este tipo de papel irá requerer que o investidor reinvista o seu dinheiro a cada resgate semestral. Também indicado para complementação de renda, possui incidência de IR sobre os resgates semestrais, o que pede a atenção já que, se o resgate for de curto prazo poderá não ser tão vantajoso para o investidor.

Tesouro IPCA+

Antiga NTN-B: Notas do Tesouro Nacional – Principal (NTN-B Principal), a diferença do título anterior para esse é que nesta modalidade não há o pagamento do cupom semestral, colocando este investimento não como uma complementação de renda já que o seu recebimento se dará de forma simples e única, no final do prazo de vigência do contrato.

Além disso, não há a preocupação, por parte do investidor, com o reinvestimento do dinheiro, já que este ocorre de forma automática, o que para muitos é visto como uma vantagem deste título.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é outro título pós-fixado, a antiga Letra Financeira do Tesouro (LFT), o seu rendimento será atrelado à SELIC, o que faz com que seja indicado para aqueles investidores que buscam uma segurança a mais, justamente pelo indexador utilizado.

O seu resgate é do tipo simples, com um único pagamento ao final da vigência do contrato, apresentado-se assim como um tipo prático de investimento.

Conclusão

E aí, o que você achou dos diferentes títulos do Tesouro Direto? Viu como dá para diversificar sua estratégia e portfólio de investimentos? 

Para isso é preciso que você procure uma corretora renomada no mercado e defina o seu perfil, se precisará do dinheiro para complementar renda ou se pode esperar para o resgate no final do contrato dos títulos adquiridos. 

Quer saber mais sobre o Tesouro Direto e suas possibilidades? Veja o nosso Guia Completo do Tesouro Direto!

Atualizado em

Por: Bruno Papi

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