CDB prefixado: o que é e como investir?

Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são aplicações financeiras que você pode realizar facilmente no banco onde tem conta corrente. Na prática, são um tipo de empréstimo que você faz à instituição financeira. Em troca, você recebe juros pela aplicação.

A questão é que os juros diários que remuneram seu investimento em CDB podem ser calculados de algumas maneiras diferentes. Os tipos de CDBs mais comuns são os pós-fixados e os prefixados. Neste texto, vamos explicar melhor o CDB prefixado.

O rendimento é conhecido no momento da aplicação

Primeiro, vamos recapitular as diferenças!

No CDB pós-fixado, a rentabilidade do seu investimento está vinculada a um índice do mercado, o CDI, que por sua vez anda juntinho com a taxa Selic. Então, no momento da contratação do investimento, você sabe que ele vai render, por exemplo, 80% do CDI.

O CDI — que hoje está em 3,65% ao ano, como você pode ver no site da B3 — pode subir ou descer enquanto seu dinheiro estiver investido, e você vai sempre receber sempre um percentual desse índice.

Já no CDB prefixado, a rentabilidade é definida no momento em que a aplicação é feita. Não tem nenhum índice atrelado — é um compromisso fixo do banco com você. Você poderá obter algumas taxas de rentabilidade como, por exemplo, 6%, 8% e até 11% ao ano.

Suponha então que você entrou no seu internet banking para consultar as opções disponíveis para aplicação em CDB prefixado. O banco vai calcular na hora a rentabilidade que está disposto a te oferecer em função do valor investido e do prazo em que o dinheiro ficará aplicado.

No mundo dos investimentos, em geral quanto mais tempo o dinheiro fica bloqueado (uma longa data de vencimento) e maior o valor investido, mais alta é a rentabilidade oferecida, mas isso não é necessariamente verdade no caso do CDB prefixado.

Falamos que o retorno do CDB prefixado não está atrelado a nenhum índice, lembra? Isso é verdade, mas acontece que o tal índice CDI indiretamente influencia os retornos do CDB prefixado.

Se o mercado espera que a taxa básica de juros caia bastante até o ano que vem, o banco não vai querer se comprometer por muito tempo com uma taxa prefixada que combinou com você no momento em que os juros estavam mais altos. Isso seria muita bondade, e a gente sabe que os bancos nunca são bonzinhos, não é mesmo?

Exemplos de CDB prefixado

Fizemos algumas simulações em diversos CDBs Prefixados usando o

O retorno oferecido é de 3,30% ao ano.

Exemplo 2: Aplicação de R$ 1.000 pelo prazo de 365 dias.


O retorno oferecido é de 6,30% ao ano.

Exemplo 3: Aplicação de R$ 5.000 pelo prazo de 721 dias.


O retorno oferecido é de 8% ao ano.

Percebeu como as taxas de retorno foram subindo quanto maior o prazo do investimento? Isso porque estamos em um cenário em que é esperado que os juros aumentem, então se daqui a dois anos os juros estiverem em 6% ao ano, o retorno do CDB do exemplo 3 seria mais atrativo, mas se os juros estiverem em 10%, não muito.

Mas como saber o que vai acontecer? Ninguém tem bola de cristal, por isso, o ideal é sempre diversificar suas aplicações.

Vale lembrar que as rentabilidades acima já estão líquidas de Imposto de Renda!

Atenção à liquidez!

No CDB prefixado, fique muito atento ao prazo do investimento. Se você contratar uma aplicação com prazo de 360 dias e precisar resgatar antes, poderá perder totalmente a rentabilidade acordada no momento da aplicação e receber apenas o valor investido, ou seja, o negócio se torna pior que a poupança.

Se você busca taxas de retorno melhores, experimente sair dos bancos e conhecer os . O Tesouro Selic tem a mesma dinâmica do CDB pós-fixado; já o Tesouro Prefixado é como o CDB prefixado. Em ambos os casos, você conta com liquidez diária, ou seja, não há carência para resgatar o investimento. Só fique atento pois os preços do Tesouro Prefixado tendem a oscilar no curto prazo.

Ficou com dúvidas? Não tem problema, pode escrever nos comentários abaixo que responderemos!

Atualizado em

Por: Bruno Papi

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