ROI: O que é Retorno Sobre Investimento e como calcular

Acredito que todo mundo que pesquisa sobre investimentos quer enriquecer, certo? Não faz sentido alguém investir em algo comprovadamente não rentável e que só traz prejuízo ao investidor.

Por isso estudamos, pesquisamos e até aplicamos aos poucos para investir corretamente e não cometer deslizes fatais para os nossos bolsos.

Uma das formas de verificarmos se nosso investimento está rendendo conforme o desejável se chama ROI e agora você entenderá por que ele pode ser muito vantajoso para você.

O que é ROI?

Resumidamente, ROI é a abreviação em inglês de Return On Investment, que em português significa Retorno Sobre Investimento e – de forma sugestiva – analisa o quão vantajoso são os esforços feitos em um investimento. Também pode ser chamado de Taxa de Retorno ou somente Retorno.

Ele é um termo muito comum entre os indicativos econômicos e é muito utilizado para uma análise de retorno de lucros – ou também de prejuízos – a partir de um determinado capital investido.

Em outras palavras, ele compara o custo/benefício de um investimento.

Existem varias formas de aplicar o ROI e identificar seus retornos financeiros, tanto potenciais quanto passados.

As formulações de Taxas de Retorno são 3:

  • Retorno efetivo: O retorno efetivo serve como medida de avaliação do desempenho de um investimento, aferido a posterior;
  • Retorno exigido: A taxa de retorno exigida é a que permite determinar o valor de um investimento;
  • Retorno previsto: serve como medida ante do desempenho de um investimento; é a sua taxa implícita ou interna de retorno, aquela que iguala o valor do investimento do seu preço ou custo.

Para que serve o ROI?

Diversas empresas utilizam essa métrica para gerenciar seus esforços em sua totalidade ou até mesmo para avaliar especialmente suas campanhas de marketing – mais conhecido como ROMI, Return On Marketing Investment ou Retorno Sobre os Investimentos de Marketing.

Porém a origem desse método vem do setor financeiro para cálculo de vantagens em questões como aquisições de títulos públicos ou compra de ações na bolsa de valores.

Pode parecer um tanto quanto “chato” de se fazer tanta análise e até mesmo cálculos para isso, mas é algo fundamental para quem deseja rentabilizar ao máximo seus investimentos, mensurar, monitorar e gerenciar melhor sua vida pessoal ou empresarial, de forma segura.

No âmbito mais volátil do mercado de ações, por exemplo, um pequeno deslize de atenção pode acarretar em um prejuízo de milhões de reais.

Veja também: COMO INVESTIR EM AÇÕES | GUIA COMPLETO SOBRE BOLSA DE VALORES

Como calcular o ROI?

O cálculo do ROI é simples. Realmente muito simples. Qualquer um pode fazer, para ser sincero.

Talvez seja por essa facilidade que ele não tenha a atenção necessária. É muito comum as empresas não se atentarem a esse detalhe primordial de medir seus lucros em determinados períodos de tempo.

O retorno é o resultado do ganho obtido no seu investimento, menos o investimento inicial e esse primeiro resultado deve ser dividido pelo valor do investimento inicial novamente.

A fórmula ficaria da seguinte maneira:


Um exemplo prático ficaria assim:

Uma empresa chamada XPTO obteve um ganho de R$ 300 Mil em cima de um investimento inicial de R$ 100 Mil.

Portanto, a fórmula seria:

ROI = (300.000 – 100.000) / 100.000
ROI = 2

Ou seja, para cada 1 real investido, foi lucrado 2 reais. Para demostrar o resultado do ROI em porcentagem, basta multiplicar o valor final por 100:

ROI = 2 x 100
ROI = 200%

Obs.: Vale lembrar que o ROI é para calcular tanto lucros quanto prejuízos. Sendo assim, o valor do ROI se for positivo significa lucro e se for negativo significa prejuízo.

Como analisar o ROI?

Ok, vimos no exemplo que o retorno obtido pela empresa XPTO foi de 200% e isso é impressionante. Porém, esse lucro foi obtido em quanto tempo?

Se ele foi obtido em 2 meses, isso é perfeito e esse investimento deu muito certo. Mas se fosse obtido isso em 50 anos, por exemplo, talvez não seja tão vantajoso assim, dependendo da necessidade.

Por isso, a análise dessa Taxa de Retorno deve ser dividida em 3 etapas importantes:

  • Qual é o seu Objetivo: abrir um novo negócio, engajar seu público alvo, gerar leads…
  • Quais são seus Custos: Uso de tecnologia e manutenção, despesas básicas, pagamento de funcionários…
  • Quais foram seus Resultados: valores obtidos com as vendas, gastos poupados…

Traçando objetivos, custos e resultados, é só somar tudo e calcular, determinar um período para refazer essa análise e mensurar sua evolução – atual e futura.

ROI e PRI são a mesma coisa?

Justamente para saber se o tempo gasto com o investimento está sendo vantajoso, existem outros parâmetros de análise.

Um deles é o PRI – abreviação de Prazo de Retorno do Investimento – também chamado de Payback em inglês.

Seu calculo também é simples, porém absoluto, feito para medir quanto tempo você conseguirá retornar o mesmo valor investido.

Para esclarecer melhor:

  • ROI: mede o quanto foi lucrado ou prejudicado;
  • PRI: mede o tempo que conseguirá repor o custo do investimento.

A fórmula do PRI é a seguinte:

PRI = VALOR DA APLICAÇÃO INICIAL / RETORNO ANUAL

Exemplificando:

A empresa XPTO possui uma aplicação em um fundo de investimento que rende R$ 5 Mil reais ao ano. Se a aplicação inicial foi R$ 100 Mil, teremos então:

PRI = 100.000 / 5.000
PRI = 20

Isso significa que para o valor do rendimento alcançar os R$ 100 Mil investidos inicialmente, demoraria vinte anos.

Desvantagens do ROI

Que ele é vantajoso isso é óbvio, mas você já viu algo muito bom sem nenhuma desvantagem?

Por isso, até mesmo essa ferramenta pode não satisfazer as necessidades de todos os investidores.

  • Calculando investimentos diferentes: Como no mercado de investimentos e ações existem milhares de variáveis para medir seus lucros e prazos, o ROI torna-se desqualificado para comparar essas formas variadas de ativos em um só calculo, além dele não ser recomendável para comparar investimentos iguais em situações ou épocas diferentes – pela falta de simetria entre as relações do investimento de antes e depois de um ocorrido importante para o mercado financeiro.
  • Investimentos de longo prazo: Como o ROI não considera todas as variáveis possíveis para obter um resultado, ele pode facilmente desconsiderar fatores importantes que podem ocorrer em longo prazo, sendo assim mais vantajoso em curto prazo.

Veja também: CONHEÇA OS MELHORES INVESTIMENTOS A CURTO E LONGO PRAZO

O ROI é mais indicado para investimentos de renda fixa, simples, mais conservadores e menos variais. Claro que também é possível aplica-lo para medidas não constantes e mais arriscadas, entretanto não é sua função prever alterações nos riscos, incertezas macro ambientais e de mercado.

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Atualizado em

Por: Bruno Papi

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