Investir para o futuro é sempre uma boa decisão, independentemente de quanto capital temos para aplicar.
Entre as várias opções existentes, a de comprar ações oferece ótimas oportunidades de retorno, porém, como sabemos, não é algo tão simples de se fazer e, além disso, há alguns riscos que rondam os acionistas.
É preciso estar bem preparado para colocar dinheiro neste mercado, pois do contrário, você pode acabar colhendo resultados medíocres ou até causar uma tragédia financeira.
Fique tranquilo, porque nessa aula vou te ensinar 5 passos para entrar no mercado acionário e fazer o seu dinheiro render de verdade!
1. Escolha a forma de investir
Você não precisa atuar sozinho no mercado acionário caso não queira. Além de investir individualmente (Home Broker), há mais 2 formas de comprar ações. Você quer saber quais são? Veja a seguir.
Home Broker
Essa é a forma de operação individual no mercado acionário. O nome deve-se ao sistema implantado em 1999 para que todas as transações passassem a ser totalmente online. Inclusive consultas e acompanhamento de números consequentes das compras, vendas e influentes nelas são feitas desta forma.
Nesse método, o investidor analisa o mercado, os ativos, as empresas, sua carteira e decide sobre suas ordens. Cabe à corretora apenas efetivar a decisão do cliente. Mas não é algo totalmente arriscado como pode parecer pois o acionista sempre pode contar com o apoio profissional. As corretoras oferecem análises, esclarecimento de dúvidas e ajuda em outras situações necessárias.
Clubes de investimento
Um clube pode ter entre 3 e 50 pessoas. Pode ser formado por investidores que resolvam unir-se para ter total liberdade de análise coletiva e decisão final.
Esse grupo não precisa ter um gestor certificado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Apenas deve nomear um representante formalmente. E ele trata dos negócios com a corretora — dá as ordens de aquisição e venda.
Fundos de investimento
Já um fundo de ações tem um total de ativos e cada integrante possui uma quota deste montante. Além do total, um fundo possui estatuto com regras como:
- De entrada e saída de acionistas;
- Riscos admitidos;
- Tipos de papéis transacionados;
- Outros critérios que regem as atividades envolvidas.
Diferentemente do clube, o fundo de investimento possui um gestor certificado pela CVM. É quem passa as ordens de compra e venda conforme a política acionária do estatuto e sua avaliação. Ou seja, os investidores têm menos liberdade individual e tomada de decisões. Porém, o auxílio profissional é permanente e tem mais relevância nos resultados, o que dá muita segurança aos membros.
2. Identifique as vantagens das ações ordinárias e preferenciais
Obviamente, todos os investidores querem resultados financeiros. Mas, alguns gostam de participar das empresas nas quais investem, enquanto outros apenas pensam nas vantagens que envolvem diretamente o seu dinheiro.
Veja a diferença entre elas e como se adaptam melhor ao seu perfil:
Preferenciais (PN)
Esses ativos possuem tal nome por terem preferência financeira. São beneficiados em assuntos como distribuição de dividendos, liquidez e reembolso de investimento no caso de falência ou liquidação da organização. Isso porque, além da natureza financeira preferencial, o volume de operações desses papéis é maior do que das ordinárias.
Por outro lado, em geral, as empresas não dão direito de voto aos acionistas preferenciais. E quando o fazem, há restrições na participação.
A desvantagem para as finanças é que as PNs costumam ser um pouco mais caras que as ordinárias. E, caso o controle acionário seja alterado, o novo controlador pode oferecer o quanto quiser pelos ativos. Então, essa hipótese pode causar grande perda para o investidor.
Ordinárias (ON)
Ativos ON com preços mais baixos permitem que o acionista participe da empresa. O direito a voto é irrestrito e, possivelmente, há direito a veto — dependendo do estatuto da organização. Na mudança de controlador dos ativos, o novo deve oferecer publicamente no mínimo 80% do valor dos papéis.
A liquidez desses papeis, no entanto, costuma ser mais baixa pelo menor volume de compras e vendas em relação às preferenciais. E os investidores que detêm ONs recebem dividendos, rendimentos e reembolso de capital apenas depois dos acionistas preferenciais.
3. Fique por dentro das taxas cobradas
Algumas tarifas são cobradas pelas corretoras e pela bolsa de valores nas operações. Suas alíquotas dependem dos fatores envolvidos nos investimentos.
Dependendo da forma de aplicação ou da corretora escolhida, algumas podem não ser cobradas. Independente disso, você precisa conhecer todas elas antes de entrar no mercado financeiro.
Taxa de corretagem
Essa tarifa é cobrada pela corretora do investidor, do clube ou do fundo, sempre que ela é acionada. Ou seja, cada emissão de ordem de compra ou venda gera uma taxa.
Taxa de administração
Aqui, a cobrança é anual e apenas atribuída a fundos e clubes. O cálculo tem como referência, para cada integrante, quanto dinheiro foi aplicado e por quanto tempo. Essa política serve também para taxação proporcional — quando o resgate é feito com menos de um ano de participação.
Taxa de performance
Essa tarifa é exclusiva dos fundos, paga pelos membros apenas quando os resultados superam as previsões.
Taxa de custódia
Como o nome diz, é um valor cobrado mensalmente para que as ações sejam mantidas pelas intermediadoras dos ativos.
Dependendo da corretora, a cobrança pode ser dispensada nos meses que as ordens de compra e venda forem emitidas. Na prática, abrem mão desses valores pela existência das taxas de corretagem nesses casos.
Taxa de emolumentos
Esse custo é aplicado pela bolsa de valores pelo serviço de formalização das aquisições e vendas de papéis. O valor depende sempre de quanto dinheiro está envolvido na operação.
4. Conheça os riscos envolvidos ao comprar ações
Comprar ações traz uma série de fatores diretos e indiretos. É um investimento um pouco complexo e de bastante risco. Então, conheça os principais envolvidos e procure se prevenir:
Risco societário
Ainda que você esteja apenas focado em ativos e finanças, será sócio de uma organização quando comprar ações dela. Então, pesquise muito bem antes de aplicar. Pois qualquer perda, prejuízo, derrota judicial ou acontecimento negativo trará consequências também negativas ao investimento.
Riscos de mercado
Esses perigos compõem a conhecida volatilidade. São questões da oscilação dos valores das ações por fatores externos influentes como:
- Economias nacional e global;
- Cenário político brasileiro;
- Movimentações referentes às empresas escolhidas para as aquisições e outras companhias.
5. Procure opções para diversificar seus investimentos
Não é o suficiente comprar ações diversas. É necessário aplicar em organizações de diferentes segmentos do mercado e em formas distintas, como fundos e clubes.
Alguns fatos podem fazer com que todo um segmento tenha desvalorização de papéis. Por consequência, compromete-se o capital inteiro.
Diversificando, você pode ter pequenas perdas e ainda assim conseguir resultados positivos pela rentabilidade dos demais ativos. Aqui entra o fato de que a diversificação também protege o investidor dos riscos da volatilidade.
A partir desses passos, você pode aplicar seu capital em ações e iniciar o projeto de fazê-lo render no longo prazo. Mas nunca se esqueça que comprá-las exige planejamento, análise, cuidado, calma e acompanhamento profissional constante.
Aprenda como organizar as finanças e fazer renda extra (100% online e gratuito)
Treinamento Financeiro
Faça agora mesmo o nosso Treinamento de Finanças, online e totalmente gratuito!
Quero participar!Agora, por que não compartilhar este conteúdo nas redes sociais? Leve-o adiante para ajudar seus amigos a entrarem no mercado de ações com o nosso passo a passo!
Por: Bruno Papi