Para quem olha o mercado de aplicações de fora, a impressão pode ser de que não há espaço para pequenos investimentos. A realidade, por outro lado, mostra opções que podem ser adaptadas a diferentes objetivos e estão ao alcance até mesmo de quem passa por dificuldades financeiras.
O segredo está na maneira como as modalidades são escolhidas e, principalmente, na capacidade de manter a disciplina e esperar. Quer saber por onde começar?
Como iniciar pequenos investimentos
O primeiro passo para quem deseja iniciar uma aplicação é avaliar o seu perfil como investidor e, a partir dele, definir metas. Nem todas elas precisam seguir um mesmo prazo, mas é fundamental que estejam alinhadas.
O ideal é guardar algo entre 10% e 20% da renda mensal para aplicações. Mas, como o conhecimento do mercado ainda é pequeno no início, assim como o capital disponível, a dica é adotar um perfil conservador. Ou seja, o ideal é dar preferência para investimentos que ofereçam mais segurança, ainda que retornos mais baixos.
Ao mesmo tempo, pensar nas possibilidades de diversificação, mesmo que elas só sejam aplicadas mais tarde, quando o capital disponível for mais consistente. Além disso, é preciso estar consciente de que o retorno esperado nem sempre é imediato, pois as taxas de administração e de corretagem e os descontos do Imposto de Renda podem corroer o retorno do investidor que está começando.
O indicado é ter pelo menos R$ 100 por mês para investir, o que pagaria as taxas e tornaria possível um rendimento satisfatório, mesmo que você demore algum tempo para juntar esse dinheiro.
Aplicações para pequenos investimentos
No início, uma das principais dificuldades é identificar qual modelo de investimento se adapta melhor às metas estabelecidas. Sendo o Brasil o país com uma das maiores taxas de juros do mundo, a principal escolha acaba sendo o Tesouro Direto. Além da possibilidade de iniciar com apenas R$ 30, a liquidez é diária. Assim, você pode resgatar o seu dinheiro em apenas um dia, em caso de venda.
Mas sempre que possível, o ideal é pensar em aplicações a longo prazo. Já para aqueles que podem assumir algum risco, é possível contar com os Fundos Imobiliários.
Em geral, as aplicações giram entre R$ 10 e R$ 1 mil e geram receitas periódicas para os cotistas do fundo, através de aluguéis dos imóveis. Uma das vantagens é que, mesmo se tratando de um imóvel, todas as tarefas administrativas ficam a cargo dos profissionais responsáveis pelo fundo, desde os trâmites de compra e venda até a manutenção.
Por: Bruno Papi