Acompanhar e projetar o fluxo de caixa são atividades extremamente importantes para gestores e empreendedores, o resultado são dados factíveis que ajudam a tomar decisões e prever situações futuras. É possível planejar a compra de novos equipamentos, analisar perspectivas de investimentos e muito mais.
Pensando na relevância do assunto, preparamos um breve guia com tudo que você precisa saber sobre como fazer projeção de fluxo de caixa. Ficou curioso? Confira nosso artigo para saber mais!
O que é fluxo de caixa?
O primeiro passo para entender como fazer projeção do fluxo de caixa é saber exatamente o que é o fluxo de caixa da empresa, certo?
Resumidamente, o fluxo de caixa é uma ferramenta gerencial. O objetivo é o acompanhamento e registro de movimentações financeiras e operacionais, apresentando o que entrou, o que saiu e o saldo final para a empresa, de maneira categorizada para facilitar a análise de cada setor.
Todos os dados reunidos lá são informações e ocorrências passadas, ou seja, acontecimentos que já foram contabilizados.
Fazer um fluxo de caixa é relativamente simples, mas exige dedicação e organização do gestor. Os dados devem ser organizados em planilhas ou sistemas de gestão online, facilitando a visualização, comparação e cálculos.
Três categorias são obrigatórias: entradas — receitas de vendas de produtos, receitas não operacionais, empréstimos, entre outros —, saídas (despesas, pagamentos de colaboradores e fornecedores, compras, pagamento de dívidas, tributos, por exemplo —, e por fim, saídas extras. Já as subdivisões, são criadas de acordo com a necessidade da empresa e do departamento.
O fluxo de caixa livre — ou final —, é o que se tem como resultado, isto é, o saldo definitivo diário e mensal.
A notícia pode ser boa ou ruim, depende de vários fatores. Mas, lembre-se que, o resultado positivo (ou negativo) em um dia não demonstra a situação real da empresa.
O que é a projeção do fluxo de caixa?
Projetar o fluxo de caixa é estimar quais serão as próximas saídas e entradas, sempre embasados com informações passadas e expectativas para o cenário futuro. Os dados do fluxo de caixa são aproveitados na projeção como suporte e paradigma.
Em conjunto com os dados históricos, são considerados, também, questões mercadológicas, especulações econômicas e políticas. Bom, a estrutura segue o mesmo padrão do fluxo de caixa, mas o período projetado pode variar entre meses e anos, por exemplo.
Como fazer a projeção de fluxo de caixa?
Em termos práticos, tudo começa com a criação de uma boa planilha ou com o investimento em uma ferramenta de gestão financeira. Aposte na tecnologia!
O primeiro passo é saber o intervalo de tempo que a projeção vai contemplar. Isso varia de acordo com o objetivo que você tem para a ferramenta.
Por exemplo, a finalidade é saber o quanto posso investir no próximo mês ou como estará a empresa daqui há um ano continuando nesse ritmo? A resposta deixará claro qual é o intervalo correto.
Depois, com o saldo inicial da empresa — todo o recurso monetário —, anotado, é hora de completar com todas as receitas (entradas) esperadas. Todos os próximos valores de saldo vão depender desse primeiro saldo inicial. O valor das receitas é variável e pode ser baseado nas suas vendas anteriores, acrescidas de alterações sazonais e eventos que possam afetar sua empresa.
O próximo passo é averiguar qual é a previsão de receber os pagamento das vendas e operações, isto é, os prazos médios de recebimento, sendo o tempo entre a venda e recebimento do dinheiro. Esse dado é muito importante, considerando que, hoje, os consumidores têm muitas formas de pagamentos e opções de parcelamento.
É importante ter, também, os prazos médios de pagamento: o tempo médio entre a data de compra e o pagamento aos fornecedores.
Esse tipo de gasto já entra nas despesas fixas, que independem das vendas, e variáveis, que dependem diretamente das operações. Não se esqueça de acrescentar despesas como, por exemplo, impostos, taxas e pagamentos de colaboradores.
Para finalizar, todos os dados devem ser estruturados dentro do programa, nos mesmos moldes do fluxo de caixa e o valor final apresentará um possível quadro da sua empresa. Como a base de tudo são tendências e valores esperados, o resultado pode (ou não) se concretizar.
Por isso, é importante ser metódico no momento de selecionar as informações e colocá-las na no programa. Além disso, quanto mais detalhes, melhor. Lembre-se, também, de atualizar as informações diariamente, se possível.
Esse é o método direto de projeção, mais simples e recomendável para períodos mais curtos. Existem vários outros, como o método de renda líquida ajustada e o método do balanço pró-forma.
Quais são os resultados para a empresa?
Apesar da análise das informações ser uma parte tranquila, fazer a projeção de fluxo de caixa pode ser um pouco trabalhoso, mas todo o esforço é recompensado! Selecionamos alguns benefícios. Confira:
1. Organização
O primeiro resultado é uma melhor ordenação e sistematização das informações internas e externas, uma vez que sem uma boa administração, a projeção é irrelevante.
O gestor passa a conhecer todas as entradas e saídas de dinheiro de sua empresa, tendo controle total de cada setor e da organização dos pagamentos e dos recebimentos.
2. Revisões e aperfeiçoamentos
Talvez, a palavra antecipação seja o segredo da projeção de fluxo de caixa. A avaliação de tendências ajuda a perceber erros e falhas que ocorrem no presente, antes mesmo que os resultados negativos apareçam. Isso já é uma ajuda e tanto para os gestores, não é?
É possível, também, tentar reverter situações de crise a partir do resultado projetado, criando e avaliando melhor quais são as decisões mais acertadas/certeiras para o quadro de dificuldades financeiras, por exemplo.
3. Convicção
Os resultados também demonstram quando a empresa está seguindo um caminho certo e pode continuar investindo na estratégia.
4. Oportunidades
Com um bom entendimento da projeção, os gestores têm a chance de alocar melhor os recursos da empresa e destiná-los aos setores certos, além de identificar oportunidades do mercado.
É possível planejar a compra de novos equipamentos, analisar perspectivas de investimentos, desenvolver novos produtos e serviços, melhorar a infraestrutura, contratar novos colaboradores, entre muitos outros.
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Por: Bruno Papi