Quando conto que sou investidor, algumas pessoas acham que minha vida sempre foi fácil e que vivo de ostentação. É claro que, hoje, tenho bastante liberdade para escolher como vou gastar as horas do meu dia, mas nem sempre foi assim.
Eu tive que abrir mão de muitas coisas para atingir minha independência financeira e conseguir viver de renda aos 25 anos de idade.
Falo em detalhes dessa jornada nesse vídeo:
1. TRABALHEI MUITO
Trabalhei muito até sair do meu emprego, em 2015. Eu trabalhava como Consultor de TI, onde me especializei em uma linguagem de programação que poucas pessoas sabiam programar na época.
Minha remuneração era por horas trabalhadas, então eu trabalhava o máximo de horas que conseguia. Eu trabalhava, em média, de 11 a 12 horas diárias. Por mês, fazia na média 220 horas trabalhadas.
Talvez você que esteja lendo trabalhe ou já trabalhou essa quantidade de horas no mês, então sabe como é sacrificante. Essa quantidade de horas trabalhadas retornava em um salário de 5 dígitos (mais de 10 mil reais) mensais e me permitiu realizar bons aportes, mensalmente, nos meus investimentos.
2. DEIXEI DE IR EM MUITAS FESTAS E ANIVERSÁRIOS
Além de trabalhar muitas horas mensais, muitas vezes eu precisava me deslocar e me hospedar em outras cidades para atender clientes. Então, não era comum eu estar viajando em aniversários e festas da família.
Também trabalhei em datas como o Natal e o Ano Novo, pois a melhor época para realizar manutenções e mudanças no sistema das empresas é quando ela está parada e essas datas comemorativas são aproveitadas para isso.
Então, enquanto todo mundo estava comemorando e fazendo festa no fim do ano, eu estava lá trabalhando de 11 a 12 horas por dia. Foi sacrificante, mas estava agindo para colocar em prática meu objetivo: me aposentar aos 42 anos. Eu consegui com 25 anos, mas minha meta era aos 42.
3. NÃO POSSUO IMÓVEL PRÓPRIO. ESCOLHI PAGAR ALUGUEL
Não foi fácil convencer minha esposa sobre como era mais vantajoso viver de aluguel que financiar um imóvel, mas ela me apoiou. Meus familiares não entenderam e questionavam quanto a isso.
A crença do imóvel próprio está muito enraizada em nosso país. Mesmo que a casa seja financiada por 30 anos e, até quitar toda a dívida com o banco, ela não é sua, as pessoas ainda acreditam que é a melhor opção financiar o imóvel. Já escrevi uma aula sobre isso aqui em nosso blog.
O aluguel também me permitia me mudar para onde eu precisasse, pois como eu era consultor, poderia ser enviado para qualquer lugar do país. Essa opção de morar de aluguel também fez com que eu reduzisse drasticamente o meu custo de vida.
As pessoas vão julgar e apontar o dedo na sua cara dizendo que você está fazendo errado ao optar pagar aluguel ao invés de financiar um imóvel, mas os números não mentem. Financeiramente falando, é mais vantajoso morar de aluguel.
4. NÃO TIVE CARRO POR MUITOS ANOS
Eu só comprei meu primeiro carro quando consegui minha independência financeira, aos 25 anos. Foram vários andando de ônibus, metrô, avião, ônibus fretado, táxi.
Esse foi um grande sacrifício, pois eu era executivo de uma grande empresa e ganhava um bom salário como consultor e quando meus colegas perguntavam qual era meu carro e eu falava que não tinha, eu era julgado, afinal, meu salário permitia que eu tivesse um bom carro.
Acontece que, essas pessoas não conhecem seus objetivos. As escolhas delas é gastar e viver o “aqui e agora”. O meu era poder fazer minhas escolhas, não ter um chefe ou escolher quem será meu chefe, construir minha família.
5. SEMPRE ESTUDEI MUITO
Eu fiz minha faculdade e depois fiz minha pós-graduação enquanto trabalhava, mas o que mais me gerou conhecimento foram cursos avulsos que realizei. Então, fiz cursos de marketing, de investimentos, copywriting e muito mais do que você pode imaginar.
Outro hábito que eu tenho é também ler muito e colocar prática o que aprendi lendo. Colocar em prática é o que faz você aprender de verdade. Perdi dinheiro testando teorias de livros e cursos, mas com certeza cresci bastante nesse processo.
6. AGUENTAR AS PIADAS
Eu ouvia muitas piadas quando as pessoas sabiam dos meus objetivos, principalmente o de parar de trabalhar e viver de renda.
As pessoas me sacaneavam, dando risada da minha cara, diziam que eu não iria conseguir, que isso é impossível, que é só uma ou outra pessoa em algum país e que isso é distante.
Muitas dessas pessoas já estão frustradas com a vida. Tentaram abrir negócios e falharam, estão estagnadas e infelizes na carreira e tentarão jogar em você todos os medos e desgostos que possuem.
Esse sacrifício é muito difícil e exige um emocional forte para não sucumbir e abrir mão dos projetos. A minha esposa me ajudou muito nesse processo, pois a gente conversava bastante a respeito disso.
Esses foram os 6 sacrifícios que fiz para atingir meu objetivo de viver de renda. São os sacrifícios que nos levam até onde queremos chegar.
Espero que esse texto sirva de motivação para que você não desista dos seus objetivos.
Por: Bruno Papi