Todo Investimento tem Risco! (Saiba os 3 tipos)

Você é o tipo de pessoa que procura ter a maior rentabilidade com seus investimentos, mas não quer correr nenhum tipo de risco? Espero que não, porque isso é uma contradição, sabia?

Existe uma relação direta entre risco e retorno nos investimentos. Quanto maior é o risco de oscilação de uma aplicação no mercado, maior tende a ser o seu retorno esperado.

O risco está na essência de investir, mas isso não é motivo para preocupação. Se você entender como funcionam os riscos dos investimentos, ficará mais tranquilo para decidir quais deles você se sente confortável para tomar.

Neste texto vamos falar de três tipos de riscos: o risco de mercado, o risco de crédito e o risco de liquidez.

Risco de mercado

Este tipo de risco é aquele relacionado à oscilação dos preços dos ativos, ou seja, o quanto um ativo se valoriza ou desvaloriza. A ilustração mais clássica desse risco é o sobe-e-desce que aparece nos gráficos do comportamento de ações, por exemplo. Quanto maior for a variação, mais arriscado é o ativo.

O risco de mercado também é conhecido como volatilidade e é característico das aplicações de renda variável. Esse risco pode ser estimado a partir de um conceito estatístico, o desvio padrão.

Existem vários motivos que podem causar as oscilações nos preços dos ativos, desde acontecimentos na economia até mudanças na gestão de uma empresa.

Risco de crédito

O risco de crédito nada mais é que o risco de tomar um calote. Sabe aquele amigo que sempre pede para você pagar a cerveja no bar porque ele está sem dinheiro e diz que depois te paga, mas ele nunca te paga? Você poderia dizer que esse amigo tem um risco de crédito alto.

De maneira mais específica, o risco de crédito é o risco da contraparte em um investimento não honrar com o rendimento acordado, parcial ou integralmente.

Nesse caso, é mais complicado de fazer o cálculo do risco porque ele envolve muitas variáveis e não é uma medida única como o desvio padrão do cálculo de risco de mercado. Por isso, a dica é: entenda quem é a sua contraparte nos investimentos e analise o risco de crédito nela.

No investimento em LCI e LCA é muito comum as pessoas se garantirem na proteção oferecida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) sem fazer qualquer tipo de análise sobre o banco de segunda linha que está oferecendo a aplicação.

No caso de o banco quebrar, há um tempo até recuperar os recursos. Então, por mais que exista o FGC, não custa tomar um cuidado extra com esse tipo de risco.

Risco de liquidez

O risco de liquidez é o risco de não conseguir ter seus recursos de volta com rapidez. Ele existe em aplicações cujo prazo para resgate é mais longo.

Esse tipo de risco é bem ilustrado pelo mercado imobiliário. O brasileiro tem a cultura de acreditar que imóveis são bons investimentos, mas é preciso entender que eles têm um risco de liquidez intrínseco.

Ninguém compra um imóvel de um dia para o outro, ainda mais se houver diferenças entre o preço que você quer vender e o preço que o comprador quer pagar. Nesse caso, quando há uma crise imobiliária, com vários imóveis para serem vendidos e poucos compradores, o que acontece? O preço cai! É um risco.

Os títulos públicos, por sua vez, são considerados o investimento com menor risco de crédito. Por quê? A explicação é que os títulos são garantidos pelo Tesouro Nacional, e o governo tem o poder para, no limite, imprimir dinheiro para pagar seus credores.

Entendeu bem cada tipo de risco?

Então fica a dica: pesquise, pergunte e entenda bem os riscos dos investimentos. Tente equilibrá-los com o seu perfil pessoal de tolerância aos riscos e com os seus objetivos.

Aplicações com risco de mercado e de liquidez maior devem ser direcionadas para seus objetivos de longo prazo. Já para investir o dinheiro que você poderá precisar no curto a médio prazo, minimize os riscos.

Ah, e caso você tenha qualquer dúvida ou sugestão, é só comentar aqui embaixo!

Atualizado em

Por: Bruno Papi

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