Antes de começar a investir é importante identificar qual é o seu perfil de investidor ou investimento. Ou seja, você precisa entender quais os seus objetivos com o dinheiro que será investido, capital disponível para aplicação, e, principalmente, qual é a sua tolerância ao risco, pois em algumas modalidades você pode até perder o capital principal.
Além das novas modalidades que surgiram nos últimos tempos – como NFTs e Ativos Reais, existem os investimentos já conhecidos no mercado como, por exemplo, Poupança, LCI e LCA, Tesouro Direto, CDB, Ações, Debêntures, Fundos Imobiliários, entre outros.
Por isso, pensando na infinidade de investimentos, resolvemos separar algumas dicas para que você possa identificar o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou agressivo) e, dessa forma, escolher as modalidades que mais se encaixam aos seus objetivos. Vamos lá?
Conheça o seu Perfil de Investidor
- Perfil conservador: O investidor que tem o perfil conservador busca segurança na hora de realizar os seus aportes. Por isso, opta por investimentos sem nenhum risco de perda, investindo a maior parte do seu capital em renda fixa e apenas uma pequena parcela em renda variável. Ou seja, este investidor tem baixa (ou nenhuma) tolerância ao risco, mesmo que a rentabilidade seja mais baixa, ele prefere investimentos com garantias de retorno.
- Perfil moderado: O perfil moderado ou balanceado, ainda preza por segurança na hora de investir, mas tem um pouco mais de tolerância ao risco – se comparado com o conservador. Isto é, existe uma diversidade na carteira de investimentos deste perfil. A carteira do balanceado é maior e é composta por investimentos de renda fixa e variável e, em alguns momentos, ele ainda se arrisca em investimento de longo prazo visando uma maior rentabilidade.
- Perfil agressivo ou arrojado: O perfil agressivo é aquele que está disposto a assumir todos riscos, perder parte ou total do capital principal. Ele entende do mercado e busca informações recorrentes e atualizadas sobre os seus investimentos. Lida bem com as variáveis do mercado financeiro. Este perfil pode investir a maior parte da carteira em renda variável e também optar por investimentos alternativos.
Saiba, no entanto, que não é só o seu perfil (conservador, moderado ou agressivo) que vai definir o melhor investimento. É importante que você analise outras variáveis como objetivo, período de investimento e capital disponível, antes de começar a investir.
A partir da análise acima, é recomendável que você estude sobre cada um dos investimentos e, principalmente, como você vai organizar sua carteira de aportes.
Objetivos e metas
Os objetivos e as metas são essenciais para que você possa identificar possibilidades de investimento e se organizar financeiramente. Ao definir as metas, lembre-se de não fantasiar, coloque somente aquelas que serão realizadas. Dessa maneira, você evita frustrações futuras.
Prazo: curto, médio e longo
Tente dividir suas metas em curto, médio e longo prazo. Assim, ficará mais fácil na hora de escolher qual investimento mais se adequa aos seus objetivos. Há inúmeros investimentos com possibilidades variadas de prazos, com liquidez diária, mensal, semestral, anual, etc.
Por exemplo, você quer investir em modalidades de curto prazo, para retirar o dinheiro em 3 ou 6 meses, sem correr muito risco, invista em LCI, CDB, Fundos DI, entre outros.
Não se esqueça: tudo – montante, modalidade, prazos – vai depender do seu objetivo. O capital é para viajar, abrir um negócio, poupança, aposentadoria, enfim, defina o valor, o investimento, o prazo, e assim por diante.
Investimentos que estão em destaque este ano
Veja, abaixo, os investimentos que mais cresceram em 2021 e que podem ser uma boa aposta para iniciar os seus estudos no mercado financeiro.
1. Tesouro Direto
Os títulos do Tesouro Direto tornaram-se a aplicação favorita dos brasileiros. Em julho de 2021, o número de investidores cadastrados no programa, segundo o Tesouro Nacional, passou de 11 milhões de pessoas. Existem diversos tipos de títulos para investir, então é necessário avaliar qual se encaixa melhor nos seus objetivos.
2. Ações
O mercado de ações sofreu muito com a crise mundial, causada principalmente pela pandemia. Com o número de casos reduzindo e a economia voltando a se movimentar, podemos esperar um cenário melhor para muitas empresas listadas na Bolsa de Valores, seja no Brasil, seja em qualquer lugar do mundo.
3. CDB
Com a Selic subindo é possível ter bons retornos com os Certificados de Depósito Bancário (CDB). A modalidade atrai os investidores porque é assegurada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), órgão que garante investimentos de até R$ 250 mil por CPF e instituição.
4. Fundos Imobiliários
Para os amantes de imóveis, essa é uma excelente alternativa para se posicionar em imóveis com liquidez e diversificação a um custo muito pequeno quando comparado aos imóveis físicos. Um dos atrativos dessa modalidade é a isenção do Imposto de Renda sobre os rendimentos pagos periodicamente, mas não é recomendado para perfis conservadores, porque os fundos imobiliários oscilam de preço da mesma forma que as ações.
5. Ativos Reais
Modalidade que ganhou força a partir de 2017 no Brasil e continua crescendo. Os Ativos Reais são investimentos realizados em ativos da nossa realidade, a economia real, como imóveis, precatórios e até royalties musicais. São investimentos que podem gerar altos rendimentos, como 200% acima do CDI, e vale a pena estudar essa opção para potencializar os rendimentos de uma carteira de investimentos diversificada.
Vale ressaltar que, mesmo exemplificando os perfis conservador, moderado ou agressivo, e os investimentos mais comuns – e em destaque neste ano – de acordo com cada descrição, é importante pesquisar e confirmar se as dicas se aplicam a você. Nada do que foi escrito aqui deve ser encarado como uma recomendação de compra ou venda, apenas como exemplos ilustrativos.
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Por: Bruno Papi